segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Vícios

Já tive uns tantos vícios. Acho que alguns vícios podem ser definidos como "bons" ou "saudáveis" mas, ainda assim são vícios. E vício que se preza sempre faz cruzar certas fronteiras. As do bom senso, por exemplo, costumam ser violadas com recorrência.
Entenda o caso: Há cerca de um ano comecei a sentir um desconforto, ligeiramente doloroso, na coluna lombar.
Consultei alguns médicos até me afinar com a reumatologista que me assiste até hoje e que diagnosticou o causo. Detalhes técnicos não vêm ao caso. Relevante é que um dos primeiros caboclos que consultei, um acupunturista muito legal, foi pragmático ao dizer que podia me ajudar, mas que se eu não perdesse uns 10 kg tudo seria paliativo.
Bem, quando cheguei à reumatologista (que lê o blog, eu soube!) ela me orientou com uma série de restrições a atividades que poderiam me causar mais dor ou piorar o quadro. A começar pelo Krav-Magá que eu treinava e adorava.
Minha preocupação mais imediata foi como controlar o peso com restrições tão importantes. Sem exercício, teria que passar meses a fio à base de alface e broto de feijão?
Disse pra ela que eu não tinha muito tempo disponível, então era difícil pegar o carro, me deslocar até o clube ou academia, nadar 1 hora e voltar, com horário fixo, etc. Será que eu não poderia correr? Seria prático. Em qualquer lugar que estivesse podia calçar o tênis e mandar bala, queimando 700 ou 800 calorias em uma hora...
A resposta dela foi clara: "NINGUÉM deveria correr, devido ao impacto. No seu caso, então..." Depois entendi que o radicalismo dela foi importante para causar o impacto necessário sobre a minha consciência e venho levando o dia-a-dia só com atividades apropriadas, como a musculação, as caminhadas e a natação.
Mas agora... lá vou eu pro confessionário.
Citei aqui, num post anterior, que passei a semana do ano-novo em Campos do Jordão. Pois no dia 31, depois de 2 1/2 dias de chuva ininterrupta, houve uma estiagem de final de tarde. Estava louco pra sair da toca e fui andar no caminho do Horto. No meio do caminho, é claro, o tempo virou de novo e logo chovia forte. Interrompi o trajeto originalmente planejado e voltei na direção do hotel, agora correndo.
Não sei de onde a gente tira essas manias... Chovia torrencialmente. Em 20 segundos eu já estava encharcado. Estava a uns 3km do hotel, no meio do nada, sem nenhuma possibilidade de abrigo. Então porque diabos correr? Não faz mesmo nenhum sentido, mas deu no que deu...
Depois de 5 ou 10 minutos correndo, a respiração já tinha um ritmo certo, assim como as passadas. Dava pra sentir a elevação do pulso. E a sensação pós corrida não tinha nenhuma chance de comparação com o pós caminhada. Deu barato e viciou instantaneamente.
Uns dias depois, resgatei um outro brinquedinho absolutamente viciante, chamado Sportstracker. Vou escrever especificamente sobre ele nos próximos dias, mas pra dar uma ideia, é um "ecossistema" baseado em um programinha pro celular com GPS e um serviço na internet, que apresenta uma série de informações sobre cada um dos seus treinos e, principalmente, compõe uma comunidade muito bacana.
Se estiver curioso, entra lá e procura os "workouts" de um usuário chamado "fudenis".
:D


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