Alguém tem um bumerangue?

Diferente do que havia proposto ontem, deixei pra me pesar de manhã. Não por preguiça, mas porque assim mantenho um padrão para a tonelagem: levantar da cama, esvaziar o tanquinho e subir na balança sem roupa. Mesma coisa pra medida abdominal, que eu não pretendo fazer todos os dias. Talvez uma vez por semana.

E foi o que fiz hoje cedo. E foi o que me fez pensar no bumerangue. Porque se eu não tomo logo uma atitude, daqui a pouco preciso de um pra passar o cinto na calça.

Parto nessa jornada de opulentos 94,8kg e 105cm na linha do umbigo.

É verdade que já fui maior e mais pesado. E não fazia exercício nenhum, não tinha nenhuma massa muscular.

Mas de lá pra cá houve uma pequena inversão: Eu tinha 24 anos e hoje tenho 42. Disposição e disponibilidade eram mercadorias abundantes.

Foi até divertido observar como 30kg foram embora ao longo de 8 ou 9 meses. Sem aditivos.

Agora noto que mesmo mantendo uma rotina muito mais sadia, o peso insiste em subir. Devagar, é verdade. Mas sobe, o desgraçado.

Então chegou a hora de tratar da contabilidade calórica e forçar o resultado negativo. Mas o desafio é encontrar um jeito de incorporar isso à rotina. E pra sempre, de preferência. E contar calorias... Como é que alguém pode ser capaz de fazer isso a cada bocado?

Só por essa definição já descarto dietas malucas, cardápios restritivos, viagens utópicas (sem maionese) e pastagens herbívoras. Também dispenso todos os aditivos químicos, naturebas e coisa-lifes.

Preciso amadurecer melhor essas idéias, mas já passei o dia de hoje bem diferente, com uma alimentação bem cuidada, o que caiu muito bem nesse calor absurdo.

De manhã, um pedaço de mamão, uns 4 mini pães de queijo e uma fatia de queijo minas com geléia. No almoço, um pouquinho de feijão com uma pimentinha cortadinha, umas coxinhas de frango, salada. No final da tarde, quase de noite, antes da academia, um super-suco (que vai merecer uma descrição toda própria, se possível amanhã). E na volta, uma salada com queijo minas e um generoso pedaço de abacate.

Levei um tempão pra fazer as contas, pesquisando tabelas e, se não errei em nenhuma ponderação, comi umas 1.500 calorias e fiquei bem satisfeito.

Considerando o que se escreve por aí, numa rotina normal, meu organismo deve consumir umas 2.000kcal/dia. Na academia, com 1 hora de musculação e mais 30 min de caminhada forte na esteira, devo ter torrado mais umas 700. Por alto, diria que o saldo do dia foi de 1.200kcal a meu favor.

Outro detalhe é que com essa mudança de alimentação (que na verdade já havia começado ontem à noite, como prometi no post anterior), cortando todos os açúcares e farinhas refinados, bati um recorde de visitas ao banheiro. Perdi a conta de quantos xixis eu fiz.

Amanhã vou medir o primeiro resultado prático e explico alguns porquês.

:D